Há várias maneiras de se extrair os óleos essenciais das plantas, sendo a mais comum a destilação por arraste a vapor. Antigamente, raramente se conseguia extrair os óleos puros devido às técnicas serem muito arcaicas.
Os métodos de extração podem alterar dramaticamente a composição do óleo essencial, sendo assim é necessário saber com clareza qual foi o método utilizado.
De acordo com a Organização de Padronização Internacional (ISO) os óleos essenciais são obtidos através de hidrodestilação, destilação a vapor ou através de prensagem no caso dos cítricos.
A destilação é o método mais comum de extração de óleos essenciais. Geralmente, se emprega esta técnica para extrair óleos de folhas e ervas, mas nem sempre é a melhor opção na extração de partes sensíveis como as flores.
O Jasmim é um exemplo que pode perder o seu aromas devido a degradação dos seus princípios ativos pela alta temperatura empregada na destilação.
Na hidrodestilação, a planta é colocada juntamente com a água, e na destilação por arraste a vapor a água e a planta são colocadas em recipientes separados.
Ao aquecer a água, a alta temperatura do vapor rompe as estruturas da planta onde estão armazenados os óleos essenciais.
À medida que isso acontece, o óleo essencial evapora junto com o vapor d’água através de um tubo até chegar em uma serpentina resfriada, onde então o óleo essencial condensa junto com vapor d’água caindo em um recipiente.
Como o óleo essencial não se mistura na água ele fica na parte superior do recipiente de onde é facilmente retirado.
No caso dos cítricos, como Limão e Laranja, o óleo essencial está na casca do fruto e é extraído através de prensagem. Dessa forma, também se aproveita a polpa na indústria alimentícia.
Existem outras formas de extração?
Existem algumas outras formas de extração que são capazes de extrair substâncias de óleos essenciais, mas que oficialmente não são considerados óleos essenciais, como é o caso dos Extrato por CO2, os Absolutos e os Attares.
Existem várias maneiras de se extrair os óleos essenciais das plantas aromáticas, e você aprendeu no texto anterior sobre a destilação por arraste a vapor, hidrodestilação e prensagem, no caso dos cítricos.
Hoje, você vai aprender sobre técnicas menos comuns e que são empregadas para extração de plantas aromáticas mas que oficialmente não resultam em óleos essenciais.
Quais são elas?
A Extração por CO2 consiste em extração de alta pressão utilizando o gás carbônico (CO2) como fluido extrator.
É um método apropriado para extrair partes mais difíceis como raízes, tubérculos e cascas de árvores, pois a alta pressão consegue romper as células que armazenam os óleos essenciais.
Além disso, controlando a temperatura e a pressão é possível extrair substâncias químicas das plantas que não são encontradas nos óleos essenciais. Um exemplo é o Extrato CO2 de Calêndula, que até já foi tema de um vídeo no meu canal.
Esse é um método menos utilizado devido ao alto custo de seus equipamentos. Um aparelho pequeno para realizar essa extração custa 100 mil dólares, o que justifica o preço mais alto desses produtos.
Outra técnica é a Extração por solvente. Nesta técnica, utiliza se o hexano como solvente para extrair o óleo essencial. Muito empregada em plantas mais sensíveis como o Jasmim e Rosas.
Coloca-se a parte da planta utilizada junto com o solvente para o rompimento das células que armazenam os óleos, após esse processo faz-se uma nova extração para retirar apenas a parte mais aromática que é denominado de absoluto (ABS).
Resíduos de solvente (menos de 6%) podem permanecer no Absoluto, e portanto tratamentos via ingestão são desaconselhados. Exemplos: Jasmin Sambac ABS, Cacau ABS, Rosa de Damasco ABS, Benjoim ABS, Ládano ABS, Mirra ABS, etc.
E por último, nós temos o ATTAR. Este método de origem indiana é utilizado há séculos para a fabricação de misturas de óleos essenciais. Plantas nobres como jasmim, rosas e néroli são destiladas em puro óleo essencial de sândalo. Essa combinação é laboriosa e recebe a denominação de Attar.